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01-04-2003

A fé nas águas milagrosas


Banhos

Banhos A fé nas águas milagrosas Catarina Cerca O pequeno lugar de Banhos viveu, um dos dias mais altos do ano em termos religiosos. Largas centenas de peregrinos passaram, no passado dia 25 de Agosto, pelo Santuário de Nª Sª dos Banhos, não só para se banharem nas águas “milagrosas” do Santuário, como também para pagarem as promessas feitas em momentos de aflição. De ano para ano mais peregrinos As romarias a Banhos têm já centenas de anos e a fé dos peregrinos, associada às características medicinais das águas do Santuário, deram ao lugar a fama e a projecção que hoje detêm. Para quase a totalidade dos peregrinos trata-se de “água milagrosa”, com excelentes resultados nos problemas de pele e equizemas. Daí que, ano após ano, o número de peregrinos tenha vindo a aumentar, apesar das romarias a Banhos terem lugar quase durante todo o ano. Contudo, é no último domingo de Agosto, que a romaria assume proporções verdadeiramente assombrosas, com uma enchente de peregrinos a acorrerem ao pequeno lugar da freguesia de Vilarinho do Bairro. São provenientes dos mais variados pontos do país, no entanto a maioria vem do norte: Vale Cambra, Mortágua, Espinho, entre muitas outras localidades. Não faltam ainda as muitas famílias de emigrantes que aproveitam este mês de férias não só para visitar o santuário, como também para cumprirem algumas promessas feitas a Nossa Senhora. Este ano, tal como nos anteriores, a Ascap (Associação Social e Cultural de Banhos de Apoio a Peregrinos), liderada por Auxiliano Rodrigues Rasga, voltou a receber e dar todo o apoio e colaboração necessários aos forasteiros que começaram a chegar por volta das 7 horas da manhã. Pouco a pouco, várias dezenas de autocarros foram-se apinhando na pequena povoação, largando os muitos peregrinos que, nos novos balneários (inaugurados este ano) puderam tomar banho de imersão ou chuveiro, mas como nos revelou Auxiliano Rasga “com o pormenor de não se enxugarem”. Banhos que na opinião deste responsável “têm operado verdadeiros milagres junto de algumas pessoas que padecem de doenças da pele”, como aconteceu com uma menina de Oliveira do Bairro: “parecia Lázaro e os pais sairam de cá com ela curada”. Águas que, segundo Auxiliano Rasga, “os peregrinos aproveitam para levar para casa, em garrafões”, uma vez que o tratamento com as águas de Banhos deve ser feito durante nove dias seguidos. Contudo, lá vai admitindo que “deixa de ser a mesma coisa que tomar o banho aqui, perto da nascente”. Melhores infra-estruturas para receber os visitantes Sobre os balneários e as obras em curso no Santuário, Auxiliano Rasga não deixou de revelar tratar-se de “uma obra realizada pela Ascap, com a colaboração do povo, da comunidade emigrante radicada nos EUA, da Câmara Municipal de Anadia e da Junta de Freguesia de Vilarinho do Bairro.” Um melhoramento que veio pôr termo (quase por completo) aos banhos nos lavadouros situados paredes meias com o tempo e que, em anos anteriores, eram muito utilizados, ainda que de uma forma “improvisada” pelos peregrinos. Um novo melhoramento que se insere num projecto de muito maior dimensão que inclui a construção de um novo templo (já em avançada fase de construção) e que vai substituir, em definitivo, a velhinha Capela de Banhos, por forma a dar mais dignidade ao local e começar também a receber as centenas de peregrinos com outras condições, que sempre faltaram ao local. Daí que a direcção da Ascap esteja empenhada em transformar este local, num espaço do qual peregrinos e população local se deverá orgulhar. Para isso, reclamam um maior envolvimento por parte da autarquia local que “deverá olhar para Banhos com outros olhos e numa outras perspectiva”. Assim, apelam para que no próximo ano, no último domingo de Agosto, Banhos possua um parque capaz de receber as várias dezenas de autocarros e viaturas particulares que lotam por completo e se apinham perto do Santuário, de uma forma desorganizada e descontrolada. De igual forma, esperam que toda a zona envolvente à nova Capela, à Fonte de Nª Sª da Banhos e do Centro Cultural de Banhos esteja devidamente embelezado, já que se sabe que é intenção da autarquia transformar este amplo espaço numa zona verde e de lazer. Para já, Auxiliano Rasga confessou a JB que “os novos balneários (para homens e mulheres) e a passagem (ainda que de uma forma improvisada e temporária da Capela para o salão de festas do Centro Cultural) foram as nossas grandes prioridades para este ano”, acrescentando ainda “uma obrigação para garantir o mínimo de condições aos peregrinos.” No entanto lá vai alertando que nem tudo é um mar de rosas e na verdade os espinhos são muitos. Com enormes dificuldades financeiras, a verdade é que a Ascap precisa não só das “esmolas” dos peregrinos, que nestes dias de romaria são generosas, mas também que toda a população do lugar, que não possui mais de 40 fogos, dê as mãos, por forma a que com a colaboração da autarquia local possam terminar rapidamente a construção do templo, orçado em mais de 25 mil contos. “É preciso muito dinheiro ainda”, confessou, daí que pelo segundo ano, a Ascap tenha colocado à venda T-Shirts alusivas ao Santuário como uma forma de angariar mais alguns fundos para a obra. Um negócio que segundo uma das colaboradores “o ano passado correu melhor por ser novidade”. De igual forma está em preparação uma nova festa de angariação de fundos junto da comunidade portuguesa bairradina radicada nos EUA, assim como um almoço-convívio que a Associação vai promover, já no próximo dia 31 de Agosto (sábado). Um convívio que deverá reunir sócios e não sócios de Ascap, por forma a sensibilizar toda a população para a união e para a necessidade de verba para acabar as obras em curso. Acrescente-se ainda que a missa, realizada por volta das 10.30 horas, foi um dos momentos mais altos, ainda que muitos dos romeiros tenham assistido à eucaristia, da rua. A próxima e última romaria terá lugar a 29 de Setembro e coincide com a festa de S.Miguel, padroeiro da freguesia. (29 Ago / 9:05)

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